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Dor de dente, gengivite, até o simples mau hálito ou falta de cuidados com próteses, são só algumas das dores de cabeça que podem surgir caso os cuidados com a saúde bucal sejam deixados de lado.
Os problemas relacionados à boca aumentaram, mesmo com número adequado de profissionais de odontologia, segundo mostra a pesquisa da CWUR (Center for World University Rankings), o Brasil ainda enfrenta dificuldades com a maioria da população que não visita o dentista regularmente, isso por não ter a cultura preventiva ou até mesmo por nunca ter pisado num consultório odontológico.
Conforme o Conselho Federal de Odontologia (CFO), nas Regiões Norte e Nordeste os índices são maiores, cerca de 65,6% e 62,5% da população, respectivamente, não vai ao dentista todo ano. Em Roraima, segundo o Conselho Regional de Odontologia (CRO/RR), o problema não está relacionado a falta de profissionais, pois o número que se forma e vai para o mercado é mais que suficiente.
No cadastro do Conselho constam até agora (agosto) 2.798 profissionais entre cirurgiões-dentistas, técnicos ou pessoas jurídicas inscritas. Um levantamento mostra que em 2018 o CRO/RR recebeu 60 novos profissionais inscritos. No ano seguinte o número saltou para 74. Já em 2020, até agosto, foram contabilizados 64 novos cirurgiões-dentistas. Esses números se referem aos profissionais formados em Roraima ou advindos de outras localidades.
A presidente do CRO/RR, Ananda Praxedes, confirmou que o número atende à população. “Nossos registros nos mostram que há dentistas preparados para atender a demanda roraimense. Podemos citar, por exemplo, que em plena pandemia o atendimento foi feito com todo o cuidado estabelecido pelas instituições sanitárias, mas mesmo com esses cuidados o que se percebe é que a maioria não tem o hábito de procurar os consultórios preventivamente. O paciente só procura o profissional quando o caso se agrava, o que é ruim não só por uma questão de estética, mas pela a saúde”, alertou Ananda.
Novos profissionais no mercado – Na única faculdade de odontologia de Boa Vista, o coordenador do curso, Marcos Botelho Salomão, confirmou que desde 2006 - quando se instalou a primeira turma - até hoje, se formaram cerca de 700 alunos. De acordo com o coordenador a primeira turma de profissionais foi para o mercado de trabalho em 2010. Hoje a média é de 35 profissionais por semestre. A evasão fica em torno de 40%. Segundo Salomão, o abandono do curso hoje se deve à pandemia.
“Tivemos o abandono de acadêmicos, mas por causa do momento que estamos vivenciando. Temos boa média de profissionais lançados no mercado. Quanto a não procura por tratamento em Roraima calculo que deva estar entre 70% e 75%, pois não há o hábito de procurar e quando procuram já chegam com caso, por exemplo, de extração de dentes ou raízes; ou mesmo de tratamento direto das lesões, doenças da polpa e da raiz do dente”, explicou Salomão.